O marketing de dados, segundo o especialista Rodrigo Nascimento, é uma estratégia de marketing que ajuda sua empresa a ser muito mais assertiva nas ações de marketing de acordo com seu objetivo. Vivemos agora a era da datificação ou seja, dado que se transforma em informação útil.
“A Ciência de Dados não é responder perguntas, mas sim fazer as melhores perguntas”, ressalta Nascimento, diretor da Buscar ID que trabalha com marketing estratégico e otimização de sites. Segundo ele, o marketing de dados nasce da fusão entre o marketing e a ciência de dados, ou seja, toda ação de marketing passa a ser realizada tomando como base o que os dados apresentam. É muito comum as pessoas falarem que um post específico teve muito mais likes que outro, mas sequer saber o que pode ter proporcionado isso. Assim, tiram conclusões pouco conclusivas sem uma análise mais profunda para entender o que realmente pode ter acontecido.
Enquanto o marketing tradicional trabalhava em uma dinâmica de atenção do consumidor, interrupção e venda massiva, o marketing por dados trabalha na perspectiva de otimização, agilidade, inteligência, eficácia, comportamento e tomada de decisão. É o fim do achismo e da análise de métricas sem um contexto mais profundo.
Diferente do marketing tradicional, o marketing voltado para dados trabalha em outra perspectiva, ou seja:
- Entendimento do cenário (o que está acontecendo com o meu mercado)
- Definição de fontes de dados (onde consigo informações sobre o meu mercado e meu consumidor)
- Extração e organização dos dados (como posso extrair tais informações e organizar tudo isso)
- Visualização e análise dos dados (como posso ver e analisar esse grande volume de informações)
- Tomada de decisão (o que faço a partir desse ponto. O que preciso realizar para atender os objetivos de campanha)
Ferramentas e as etapas para começar a usar os dados no marketing digital
Primeiro você precisa capturar os dados. Comece com ferramentas mais simples e vá, aos poucos, conhecendo outras mais complexas. Utilize ferramentas como: Google Forms, Hotjar, Navegg, Dito, Google Analytics, Typeform.
Para extrair dados internos da sua base de dados ou até mesmo dos aplicativos mostrados acima você precisará de outras ferramentas como: TrendMap, Buzz monitor, BuzzSumo, SemRush, Ramper.
Depois de capturar e extrair os dados é preciso explorar esses dados, ou seja, dar significado a todos os números que você tem acesso a partir desse ponto. No entanto, você vai precisar de um mínimo de conhecimento em programação para explorar essas informações. As ferramentas que você precisa conhecer são: Matabase, Python, Pandas, Excel e SQL.
Depois de extrair e explorar os dados é hora da mágica acontecer. É hora de visualizar os dados. Nessa hora todos aqueles números se convertem em imagens traduzíveis para nós, leigos. É uma representação por gráficos que podem trazer de modo claro, o que os dados capturados representam. Entre as ferramentas de visualização estão: Power BI, Google Data Studio, Shopback e Zapier.
Calma, sei que tudo isso é muito confuso. Mas sempre podemos dar os primeiros passos. Um dos erros mais comuns que as pequenas empresas cometem é não se preocupar em armazenar os dados primários e básicos de seus clientes. Eles entram na loja, interagem com o conteúdo dos posts, se comunicam com você e vão embora. É preciso, no primeiro momento, armazenar esses dados. Existe nesse ponto, um mundo de informação acessível que poderá se converter em conhecimento mais profundo sobre o seu cliente – mesmo que seja no futuro. É como uma tonelada de minério na montanha. Visto de fora pode até parecer sem valor, mas é preciso tratar esses dados. Se você não sabe como fazer isso, pelo menos não jogue fora todo esse material coletado dos seus clientes ao longo dos anos.
As 6 tendências para o marketing digital em 2022
- Prever o que os clientes irão comprar? Isso já é possível com o uso da Inteligência Artificial (IA). Em 2022 isso vai deixar de ser coisa para grandes empresas e vai se tornar mais comum. Desde um simples histórico de navegação até cruzamentos mais complexos de dados, a IA veio para ficar no marketing digital.
- Os influenciadores digitais não serão apenas requisitados por número de seguidores nas redes sociais, a IA entra em cena novamente avaliando vídeos, comentários e gerando uma análise clara do desempenho do influenciador. Vamos ter uma queda e ascensão bem expressiva desses profissionais já em 2022 e você deve pagar pelas conversões que esse influenciador conseguiu para a sua marca.
- Os assistentes de voz como Alexia, Siri e Google Home vão invadir a sua praia. Essa é uma forte tendência de compras no Black Friday de 2021 e vai explodir em 2022. Por voz você irá pedir pizza, escolher música e fazer muitas outras coisas. Segundo pesquisa da Stefanini Group, estima-se que o valor de mercado das compras de busca por voz chegará a US$ 40 bilhões em 2022, enquanto os gastos do consumidor por meio de assistentes de voz chegarão a 18%.
- Além dos assistentes de voz temos o crescimento dos chatbots no E-commerce. Já é uma realidade para grandes marcas e esse recurso também vai invadir os pequenos e médios lojistas. O assistente virtual vai automatizar as necessidades de atendimento porque os chatbots podem responder às perguntas dos consumidores sem a intervenção da empresa. Aliado à IA, o chatbot pode ter uma personalidade distinta com a brand voice específica da marca e reduzir, consideravelmente, o tempo de espera dos serviços de atendimento ao cliente.
- Outra tendência que veio para ficar e será reforçada em 2022 são os eventos híbridos. Algumas empresas economizam muito em 2021 e outras não viram muita diferença entre fazer um evento presencial ou remoto. O que vai acontecer então é um híbrido com dois tipos de ingresso. Um restrito para o ambiente online e outro mais completo vivendo a experiência presencial. O network presencial será o grande ponto na hora de escolher a modalidade do evento.
- Outra questão que vai ser discutida muito em 2022 será a privacidade e a LGPD. É cada vez mais evidente a preocupação das pessoas com a privacidade e controle de seus dados. Isso irá fazer com que as empresas de marketing digital passem a utilizar dados primários e não mais dados de terceiros. Com dados mais restritos e mais poder na mão dos usuários, as grandes marcas e as bigtechs tentarão nos seduzir com estratégias do tipo: me forneça seus dados que entrego a você alguns benefícios. Por isso, ferramentas de CRM, pesquisas e conteúdo interativo se tornarão cada vez mais necessárias para o sucesso do marketing digital. (Fonte: Stefanini Group)
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